03/10/2022 CDL INFORMA

Como dobrar os resultados em 18 meses

Como dobrar os resultados em 18 meses

É possível alavancar o negócio de forma mais rápida e superior com relação à concorrência? Para especialistas, a GE – Gestão Exponencial pode ajudar as empresas neste desafio, dobrando o seu rendimento em um prazo definido pelo próprio empreendimento, que em média é de 18 meses.

 

O método surgiu em grandes empresas, como o Facebook, a Microsoft e a Uber, e se baseia em quatro pilares: 1) agilidade no curto prazo com mindset de longo prazo; 2) cultura de inovação e valorização do erro; 3) uso inteligente da tecnologia para crescer e se diferenciar; 4) aplicação de indicadores precisos para monitoramento e controle. Além disso, a metodologia é possível graças ao avanço tecnológico. A GE se vale de, entre outras coisas, smartphones e aplicativos de fácil acesso.

 

“Os gestores precisam se basear em estratégia, relações pessoais, desempenho e finanças e operações e sistema, para conseguir implementar isso dentro da sua marca. É um processo que dobra resultados a cada 18 meses. Quanto antes você adentrar o modelo, mais rápido vai alcançar grandes números”, afirma Rica Mello, empreendedor e gestor de empresas.

 

Conversei com Rica Mello sobre o método, que explicou os quatro pilares da GE e deu dicas de como adotar a metodologia. Confira:

 

1. Pilar de estratégia e crescimento acelerado
Para atender ao primeiro pilar, a mudança passa pela forma de se trabalhar a estratégia. Nos modelos tradicionais, se pensava em uma estratégia a médio e longo prazo, mas na Gestão Exponencial é necessário um planejamento de curtíssimo prazo.

 

“Antes, trabalhávamos com um prazo estratégico entre 5 e 10 anos, mas como o mundo atual muda muito rápido, nós precisamos de manter a visão, claro, a médio prazo, mas com um planejamento que funcione a curtíssimo prazo. Uma visão para daqui 3 anos, mas que o planejamento funcione em 3 meses”, explica o empreendedor.

 

“O método de gestão exponencial avalia mensalmente o trabalho realizado, mas mantém metas trimestrais e anuais. “Esse processo é para saber quando é preciso mudar as rotas rapidamente”, justifica o gestor.

 

O novo modelo também “abraça” o erro. “É no erro que você aprende, claro que um erro rápido e pequeno e que pode ser rapidamente arrumado. O importante é não persistir no erro. É assim que as grandes empresas fizeram e é assim que nós, as pequenas e médias empresas, precisamos fazer”, ensina Rica Mello.

 

Outra mudança estratégica é a maneira de enxergar o cliente. Uma empresa com GE vive em função do cliente: a área de marketing é pautada por isso; e a área de relacionamento deve captar o feedback do cliente rapidamente, para que a área comercial resolva os problemas, dando uma pronta resposta a ele. Segundo o empreendedor, o ideal é que os problemas sejam atendidos em até 24 horas, tanto se tratando de B2B, quanto de B2C.

 

Para manter o crescimento acelerado necessário, as empresas precisam apostar no modelo de recorrência de vendas. “Geralmente, a primeira venda traz prejuízo para o vendedor, pelos gastos em investir e trazer aquele cliente. Por isso, a importância de manter esse cliente e de fidelizá-lo, para que não só compre novamente, mas também recomende para familiares e amigos”, esclarece Mello.

 

2. Pilar de cultura e de pessoas
As empresas de gestão exponencial precisam encontrar e reter as pessoas certas para funcionar. “Uma empresa com boa estratégia mas com as pessoas que não sejam as melhores para o seu sistema, não vai funcionar. Já quando você tem uma estratégia ruim, com pessoas ótimas no seu entorno, essas pessoas conseguem entender o que tem de errado e resolvem os problemas estratégicos, fazendo (o negócio) funcionar. Estratégia é sempre importante, mas as pessoas são ainda mais essenciais”, garante o empreendedor.


“O talento é disputado quase que a tapa entre as empresas, então é preciso garantir que a pessoa seja apaixonada pelo seu produto e pela sua empresa, só assim vai ser possível manter o funcionário com você”, ele continua.

 

Algumas maneiras de conseguir manter essa parceria é através de bonificações por metas, férias prolongadas quando o resultado está entregue e realizar promoções para aqueles que se destaquem. É preciso, além de conquistar o funcionário, incentivá-lo a desempenhar bem.

 

Os resultados também são alavancados quando o empregado está adaptado e bem no ambiente de trabalho. A empresa deve verificar também se os valores e visões do profissional estão de acordo com a companhia. “Isso tudo é importante e é preciso ser avaliado antes da contratação. Um trabalhador não satisfeito, por mais capacitado que seja, não rende tanto quanto um trabalhador feliz de estar ali”, explica Mello. “É isso que essas grandes empresas exemplos de Gestão Exponencial fazem. As pessoas amam trabalhar no Google, no Facebook, no Uber. Têm orgulho de estar lá dentro”, completa.

 

3. Pilar de finanças e desempenho
Toda empresa precisa “manter um olho no peixe e outro no gato”. Não é possível pensar apenas no cliente e esquecer o custo e lucro. É preciso buscar métricas e indicadores para garantir que a estratégia esteja sendo executada corretamente, com os custos imaginados e trazendo os resultados corretos para a marca.

 

Geralmente, em empresas com modelo de Gestão Exponencial, são estabelecidas metas bastante ousadas para tentar traduzir resultados muito bons. “O que faz com que não atingir metas seja relativamente comum. É o caso da minha própria empresa: nos últimos 9 anos, em apenas 2 anos, chegamos às metas, mas estamos sempre perto, o que é o importante. Miramos na lua! Com a necessidade de chegar ao teto, é importante a ousadia”, relata o empreendedor.

 

Quanto ao faturamento, a empresa precisa garantir que esteja de acordo com o que foi planejado. Não se deve buscar atingir esses resultados diminuindo os custos e, consequentemente, diminuindo a qualidade do serviço.

 

“O seu custo precisa ser otimizado, para obter os melhores resultados. O custo é justificado pela entrega de valor para o cliente, que precisa acreditar que o custo está sendo barato para o que está sendo entregue. A melhor qualidade gera isso. Não é uma questão de preço, é uma questão de valor. Só assim é possível alcançar o melhor retorno que se espera”, ressalta Rica Mello.

 

4. Pilar de operações e sistemas
É muito importante gastar tempo em estruturação de operações e sistemas. É difícil de fazer, mas é necessário. As vendas são aquilo que brilham os olhos do empresário, mas esta estruturação vem antes e são necessárias para aumentar os resultados. “Não tem como uma empresa que pensa em Gestão Exponencial ignorar essa questão”, diz o gestor de empresas.

 

Quando o sistema operacional está em pleno funcionamento, tudo melhora dentro do seu negócio: o trabalho fica mais leve, os custos ficam mais enxutos e a entrega das pessoas é maior. “O trabalho flui melhor, as pessoas ficam mais felizes e os resultados são mais rápidos”, resume.

 

Para ter um sistema eficiente, é importante que o líder constantemente se atualize e estude as mudanças. Este é um fator-chave, em um mundo no qual as práticas se transformam rapidamente. “Essa é a maior dificuldade que tenho nos cursos: conseguir convencer o líder de continuar se esforçando, após já ter chegado lá”, finaliza Mello.

 

Crédito foto: Varejo S/A

Fonte: VAREJO S.A

Autor: Luis Adolfo Barbosa

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