59% das empresas têm dificuldade de preencher vagas, aponta relatório

Contratar mão-de-obra tem sido um desafio para as empresas. Pelo menos 59% das organizações afirmam ter dificuldade para preencher as vagas em aberto e, para a maioria delas (64%), o maior empecilho é a falta de profissionais com qualificação para o cargo. Indústria, Tecnologia e Telecomunicações e Serviços são os setores com maior dificuldade nesse sentido.
Apesar disso, 51% dizem que pretendem contratar este ano, e 33% esperam manter os quadros, especialmente no agronegócio e logística. Áreas de suporte, vendas, relacionamento e tecnologia estão em alta. Além disso, a maioria das empresas que atuam no modelo remoto não têm dificuldade para preencher vagas em aberto, ao contrário das que adotaram os modelos híbrido e presencial.
Os dados estão no Relatório de Tendências em Gestão de Pessoas produzido pelo Ecossistema Great People & Great Place To Work, que identifica as principais pautas e direcionadores das organizações no Brasil.
De acordo com o relatório, empresários brasileiros também estão preocupados com o crescimento na taxa de demissão (turnover) voluntária nas empresas. Pelo menos 39% afirmam que, em 2024, essa taxa aumentou. Outros 42% afirmam que se manteve. Esse é, inclusive, um dos principais desafios apontados pelas empresas para 2025.
Os setores que mais registraram aumento no turnover voluntário ao longo do ano foram: Indústria, Atacado e Varejo, Saúde, Transporte e Logística, Construção e Infraestrutura, Agência/Mídia, Alimentação, Energia, Turismo e Lazer, Farmacêutico, ONG/Terceiro Setor, Moda e Vestuário, Estética e Beleza.
Desafios
Além do turnover, entre os desafios enfrentados pelas empresas em 2024, a comunicação interna prevalece, com 33%, seguida de saúde mental, com 32% das respostas, e desenvolvimento da liderança, com 31%.
Em Serviços, a contratação de profissionais qualificados foi um dos desafios mais votados. Já a redução do turnover foi citada como principal desafio do setor Alimentação, ficando também em segundo lugar no setor Atacado e Varejo e em terceiro entre as empresas de Construção e Infraestrutura. No Financeiro, a manutenção da cultura surgiu em terceiro lugar, enquanto em Agência e Mídia, a adoção de novos formatos de trabalho ocupou o terceiro e, no Farmacêutico, a diversidade e inclusão.
Em Minas Gerais, os principais desafios foram comunicação interna, saúde mental e desenvolvimento e capacitação da liderança.
O relatório completo está no site da GPTW, com todos os índices analisados.
Fonte: Https://fcdlmg.org.br/
Autor: FCDL/MG